Tempo de leitura
7 min
Data de publicação
21.10.2025
Você já ouviu falar sobre métodos construtivos industrializados e como eles podem mudar o cenário dos investimentos imobiliários no Brasil? Essa tendência, que já é uma realidade em países como Estados Unidos e Alemanha, começa a ganhar força por aqui — e promete impactar diretamente a rentabilidade e o prazo de retorno dos investidores.
Neste artigo, vamos explicar o que é a industrialização da construção, quais são os principais métodos utilizados e como cada um deles pode influenciar o desempenho do seu investimento.
A industrialização da construção é um modelo que utiliza processos padronizados e componentes produzidos em fábrica, substituindo parte do trabalho manual executado no canteiro de obras. O resultado é uma construção mais rápida, precisa e sustentável, reduzindo custos operacionais e desperdícios.
Esse modelo já é amplamente adotado em países desenvolvidos e começa a se expandir no Brasil, impulsionado pela necessidade de eficiência, velocidade e previsibilidade de custos no setor imobiliário.
Muito utilizado nos Estados Unidos e Canadá, o wood frame é um sistema de construção em que as paredes, pisos e tetos são feitos a partir de painéis de madeira estruturada.
Similar ao wood frame, o steel frame utiliza estruturas metálicas em vez de madeira. É um método mais resistente e com maior durabilidade, sendo bastante comum na Europa.
Apesar de não ser considerada 100% industrializada, a alvenaria estrutural é um método que utiliza blocos pré-fabricados que cumprem função estrutural e de vedação simultaneamente — dispensando o uso de vigas e pilares.
É um sistema ideal para empreendimentos residenciais compactos, como studios e apartamentos padronizados, em que a repetição de plantas reduz custos e aumenta a eficiência da obra.
O concreto armado continua sendo o sistema construtivo mais utilizado no Brasil. Ele combina pilares, vigas e lajes moldadas no local da obra, com estruturas de ferro e concreto.
Por outro lado, esse modelo oferece prazo de pagamento mais dilatado e facilita a captação de recursos, o que pode ser uma vantagem para investidores que preferem diluir o aporte financeiro ao longo do tempo.
A escolha do método construtivo pode influenciar diretamente o retorno financeiro de um investimento. Empreendimentos industrializados costumam ter um prazo de entrega menor, o que significa retorno mais rápido sobre o capital investido. No entanto, também exigem maior planejamento, custo inicial mais elevado e podem restringir o tipo de investidor apto a participar.
Já os métodos tradicionais, como o concreto armado, permitem alongar o fluxo de caixa e atingir um número maior de investidores, o que garante maior liquidez no processo de captação e revenda.
Com o avanço da tecnologia e a escassez de mão de obra no setor, o Brasil deve acelerar a adoção de processos construtivos industrializados nos próximos anos.
Empresas que dominarem essas técnicas terão vantagem competitiva, entregando obras mais rápidas, com qualidade superior e margens mais previsíveis.
Para o investidor imobiliário, isso representa novas oportunidades de rentabilidade, especialmente em empreendimentos de locação (multifamily) e projetos voltados para eficiência construtiva.
A industrialização da construção não é apenas uma tendência — é uma mudança estrutural no mercado imobiliário. Entender como cada método impacta o custo, o tempo e o retorno de um projeto é essencial para tomar decisões mais inteligentes e alinhar o investimento ao seu perfil e horizonte de tempo.
Quem sair na frente, investindo em empreendimentos com processos construtivos mais modernos e eficientes, tende a colher os melhores resultados quando essa transformação se tornar padrão no Brasil.
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