Como Millennials e Geração Z Estão Transformando o Mercado Imobiliário
Tempo de leitura
3 minutos
Data de publicação
17.06.2025

Você sabia que os millennials serão a geração mais rica da história? Além de terem vivido momentos de crescimento econômico, eles também vão herdar boa parte da fortuna acumulada pelas gerações anteriores — especialmente os baby boomers, que hoje têm entre 70 e 80 anos.
Mas a grande questão é: como esse novo perfil de investidor vai lidar com patrimônio? E o que isso muda no mercado imobiliário?
Neste artigo, vamos explorar três grandes fatores que já estão moldando o presente — e principalmente o futuro — do setor imobiliário, a partir do comportamento das gerações millennial e Z. Se você investe em imóveis, é essencial entender essas tendências.
1. O Custo de Construção Está Subindo — E Vai Subir Ainda Mais
Esse fator é macroeconômico, mas impacta diretamente na tomada de decisão das novas gerações. O custo para construir imóveis no Brasil está em alta — e deve continuar subindo.
Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o setor deve enfrentar novas elevações nos custos em 2025, impulsionadas por inflação nos insumos e mão de obra.
Conclusão: As novas gerações podem até ter mais dinheiro, mas também precisarão de mais patrimônio para comprar um imóvel.
2. Millennials e Gen Z São a Maioria da Força de Trabalho — Mas Não Compram Imóveis
Aqui estão três dados impactantes que explicam por que o mercado está mudando:
- 34% da população mundial pertence à geração Z ou Millennial.
- 50% da força de trabalho global já é composta por essas gerações.
- Apenas 16% dos millennials e Gen Z compraram um imóvel próprio em 2023 — e esse número vem caindo.
Essas gerações estão postergando (ou até abandonando) o plano de comprar um imóvel próprio. Diferente de seus pais e avós, que viam na casa própria um símbolo de estabilidade, muitos jovens hoje preferem a flexibilidade do aluguel — ou simplesmente não conseguem arcar com os custos de compra.
3. Alta Demanda por Aluguel + Poucos Donos de Imóveis = Mudança no Jogo
Se cada vez mais pessoas optam por não comprar, mas ainda precisam de um lugar para morar, o resultado é simples:
A demanda por aluguel dispara.
E esse movimento traz consigo uma tendência importante: os imóveis estão cada vez mais concentrados nas mãos de investidores. Ou seja, quem consegue comprar imóveis — seja pessoa física ou jurídica — acaba controlando uma fatia maior da oferta de moradias para locação, influenciando diretamente os preços.
Além disso, esse movimento reforça o modelo de negócios do Multifamily, comum em países como os Estados Unidos, onde grandes operadores controlam prédios inteiros dedicados ao aluguel.
Quais as Principais Consequências Dessa Mudança?
🔺 Alta nos preços de aluguel
Com mais demanda e menos oferta, os preços de locação tendem a subir — especialmente em regiões centrais e bem localizadas.
📉 Menor acesso ao financiamento
Com juros ainda altos, muitos jovens não conseguem — ou não querem — financiar imóveis. Isso torna o aluguel uma solução de longo prazo, e não apenas de transição.
🏢 Busca por imóveis compactos
Para equilibrar orçamento e localização, cresce a procura por studios e apartamentos compactos. Eles oferecem praticidade, economia e localização estratégica — sem comprometer o estilo de vida.
Esse fenômeno já é visível em grandes centros urbanos no Brasil e no exterior, como São Paulo, Nova York e Berlim.
O Que Isso Significa Para Investidores Imobiliários?
Se você é ou deseja ser um investidor no setor imobiliário, entender esse cenário é essencial. Aqui estão algumas oportunidades:
- Imóveis compactos e bem localizados tendem a ter alta liquidez e demanda crescente.
- Projetos voltados para locação (como o modelo multifamily) se tornam cada vez mais atrativos.
- Foco na renda passiva: em vez de esperar valorização na venda, o investidor passa a buscar fluxo constante de aluguéis.
Conclusão
Millennials e Geração Z já estão mudando o mercado imobiliário — e essa transformação só vai acelerar. Ao postergar (ou abandonar) o sonho da casa própria, essas gerações reforçam o valor da locação, da mobilidade urbana, e da praticidade no morar.
Para quem investe, a chave é antecipar as tendências, entender o novo comportamento do consumidor e aproveitar as oportunidades de um mercado em transição.


