Como millennials e geração Z estão transformando o mercado imobiliário

Tempo de leitura

3 minutos

Data de publicação

17.06.2025

Paulo Maragno
Head de Growth

Você sabia que os millennials serão a geração mais rica da história? Além de terem vivido momentos de crescimento econômico, eles também vão herdar boa parte da fortuna acumulada pelas gerações anteriores — especialmente os baby boomers, que hoje têm entre 70 e 80 anos.

Mas a grande questão é: como esse novo perfil de investidor vai lidar com patrimônio? E o que isso muda no mercado imobiliário?

Neste artigo, vamos explorar três grandes fatores que já estão moldando o presente — e principalmente o futuro — do setor imobiliário, a partir do comportamento das gerações millennial e Z. Se você investe em imóveis, é essencial entender essas tendências.

1. O Custo de Construção Está Subindo — E Vai Subir Ainda Mais

Esse fator é macroeconômico, mas impacta diretamente na tomada de decisão das novas gerações. O custo para construir imóveis no Brasil está em alta — e deve continuar subindo.

Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, o setor deve enfrentar novas elevações nos custos em 2025, impulsionadas por inflação nos insumos e mão de obra.

Conclusão: As novas gerações podem até ter mais dinheiro, mas também precisarão de mais patrimônio para comprar um imóvel.

2. Millennials e Gen Z São a Maioria da Força de Trabalho — Mas Não Compram Imóveis

Aqui estão três dados impactantes que explicam por que o mercado está mudando:

  • 34% da população mundial pertence à geração Z ou Millennial.
  • 50% da força de trabalho global já é composta por essas gerações.
  • Apenas 16% dos millennials e Gen Z compraram um imóvel próprio em 2023 — e esse número vem caindo.

Essas gerações estão postergando (ou até abandonando) o plano de comprar um imóvel próprio. Diferente de seus pais e avós, que viam na casa própria um símbolo de estabilidade, muitos jovens hoje preferem a flexibilidade do aluguel — ou simplesmente não conseguem arcar com os custos de compra.

3. Alta Demanda por Aluguel + Poucos Donos de Imóveis = Mudança no Jogo

Se cada vez mais pessoas optam por não comprar, mas ainda precisam de um lugar para morar, o resultado é simples:

A demanda por aluguel dispara.

E esse movimento traz consigo uma tendência importante: os imóveis estão cada vez mais concentrados nas mãos de investidores. Ou seja, quem consegue comprar imóveis — seja pessoa física ou jurídica — acaba controlando uma fatia maior da oferta de moradias para locação, influenciando diretamente os preços.

Além disso, esse movimento reforça o modelo de negócios do Multifamily, comum em países como os Estados Unidos, onde grandes operadores controlam prédios inteiros dedicados ao aluguel.

Quais as Principais Consequências Dessa Mudança?

🔺 Alta nos preços de aluguel

Com mais demanda e menos oferta, os preços de locação tendem a subir — especialmente em regiões centrais e bem localizadas.

📉 Menor acesso ao financiamento

Com juros ainda altos, muitos jovens não conseguem — ou não querem — financiar imóveis. Isso torna o aluguel uma solução de longo prazo, e não apenas de transição.

🏢 Busca por imóveis compactos

Para equilibrar orçamento e localização, cresce a procura por studios e apartamentos compactos. Eles oferecem praticidade, economia e localização estratégica — sem comprometer o estilo de vida.

Esse fenômeno já é visível em grandes centros urbanos no Brasil e no exterior, como São Paulo, Nova York e Berlim.

O Que Isso Significa Para Investidores Imobiliários?

Se você é ou deseja ser um investidor no setor imobiliário, entender esse cenário é essencial. Aqui estão algumas oportunidades:

  • Imóveis compactos e bem localizados tendem a ter alta liquidez e demanda crescente.

  • Projetos voltados para locação (como o modelo multifamily) se tornam cada vez mais atrativos.

  • Foco na renda passiva: em vez de esperar valorização na venda, o investidor passa a buscar fluxo constante de aluguéis.

Conclusão

Millennials e Geração Z já estão mudando o mercado imobiliário — e essa transformação só vai acelerar. Ao postergar (ou abandonar) o sonho da casa própria, essas gerações reforçam o valor da locação, da mobilidade urbana, e da praticidade no morar.

Para quem investe, a chave é antecipar as tendências, entender o novo comportamento do consumidor e aproveitar as oportunidades de um mercado em transição.

Paulo Maragno
Head de Growth

Veja também esse conteúdo em vídeo!

Posts relacionados

19.11.2025
Os Fundos Imobiliários (FIIs) são os queridinhos de muitos investidores.Eles prometem renda passiva mensal, facilidade de entrada e diversificação.Mas será que eles são realmente tão seguros quanto parecem?
This is some text inside of a div block.
10.11.2025
Nos últimos anos, Portugal se tornou um dos destinos mais procurados por brasileiros que desejam investir no exterior. O país europeu oferece estabilidade econômica, segurança jurídica e o prestígio de um mercado maduro.
This is some text inside of a div block.
03.11.2025
Assim como no mercado financeiro, entender onde e como alocar o seu dinheiro é essencial para reduzir riscos e aumentar a rentabilidade.Neste artigo, você vai conhecer 5 formas de investir em imóveis e entender qual delas se encaixa melhor no seu perfil de investidor.
This is some text inside of a div block.